25 de dezembro de 2013

Anjos na Janela, Deus na Terra


"Mas o anjo lhe disse: 'Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus."

Lucas 1:30,31


Maria foi a primeira a experimentar o Natal.

Ela o viveu, antes mesmo que ele existisse.

Nós trazemos a Jesus no coração, mas somente ela teve o privilégio de carregá-Lo no ventre.

Maria foi a única a conhecer a Jesus antes que Ele nascesse e a única a receber a visita do anjo Gabriel na sala de sua casa.

Subitamente, sem aviso prévio ou convite enviado via Facebook, Gabriel adentra e anuncia:

- Deus te elegeu para a mais nobre de todas as tarefas. Você está grávida. Não de homens, mas do Espírito. Não temas. E, a propósito, chame este filho de Jesus.

Aí está.

Em dois minutos, Maria deixa de ser uma camponesa israelita da qual nunca ouviríamos falar para se tornar a mãe terrena do Deus celestial.

O Natal é isso. É Deus visitando seu povo e tirando-o de uma existência comum enquanto lhes apresenta uma vida extraordinária.

Quando Jesus nasceu, o pecado morreu.

Quando aquele Deus-Bebê chorou, o Céu sorriu.

Quando Maria tomou o bebê Jesus nos braços, era Ele quem, na verdade, nos pegava pela mão.


***

Por favor, interrompa a leitura por um instante, tire os olhos do computador e veja se tem um anjo entrando por sua janela.

Se sim, depois me conte o que ele disse.

Se não, não desanime.

Há cerca de 2000 anos Deus não precisa mais exclusivamente de anjos para enviar recados a seus filhos. Ele próprio veio - e ainda vem - dar o recado, que costuma ser escrito de várias formas.

Talvez o seu "anjo na janela" seja uma porta aberta, um diploma conquistado, uma pessoa amada. Enfim, um sorriso.

O importante é que você saiba que, tal qual Maria, você não veio ao mundo a passeio. Você não foi gerado para tarefas comuns, mas foi criado sob medida para missões extraordinárias.

Comemorar o Natal é celebrar a um Deus que desceu do Céu para nos buscar e revelar o quanto somos importantes, apesar de impuros, e impuros, apesar de importantes.

Um Deus maior do que o universo, mas que aceitou (e planejou!) diminuir-se a ponto de caber no ventre de uma jovem.

O Natal é a oportunidade de adorar ao Deus-Bebê. Àquele que, antes de curar cegos com suas mãos, curou nossas almas com sua chegada.

Jesus já usou fraldas.

Jesus já chorou pedindo colo.

Jesus já engatinhou no chão poeirento.

Ele poderia ter descido do céu num cometa ou simplesmente se teletransportar para cá aos 30 anos de idade, mas decidiu vir como um de nós. Decidiu ser um de nós.

É comum celebrarmos o poder de Cristo, mas o Natal é a oportunidade de falarmos sobre seu caráter. E é este caráter, manifesto num Deus incapaz de deixar de amar, que deve nos encher de esperança.

Deus ainda envia anjos até nós.

Ele ainda concede perdão aos indignos.

Ele ainda dá grandeza aos pequenos.

Ele ainda vem buscar os perdidos.

Neste Natal, não apenas comemore o nascimento de Cristo, mas permita que Ele nasça em todas as áreas de sua vida.

Jesus não deseja habitar em presépios, mas em corações. De nada adiantará admirá-Lo sem servi-Lo.

E, enquanto isso, esteja sempre atento às janelas. Nunca se sabe quando um anjo virá fazer uma visitinha...