16 de fevereiro de 2013

Não Somos Nossos


"Meu Pai é o Lavrador"

João 15:1

"Sem mim nada podeis fazer"

João 15:5


É inútil.

Podemos até tentar, mas iremos fracassar.

Suaremos, mas no fim desistiremos.

Simplesmente não somos capazes de controlar o mundo.

Enquanto fechamos a janela, podem ocorrer terremotos.

Podemos preparar o almoço, mas e quanto ao câncer?

Não é tão difícil escovar os dentes, mas quem acenderá as estrelas?

É coisa demais para nós.

Jesus sabia disso.

Ao comparar-se a uma videira, Ele logo avisou: "Meu pai é o agricultor".

Ele concedia os frutos e o Pai lhe dava sustento.

Era (e ainda é) Deus quem estava no controle.

A terra é d'Ele. O mundo é d'Ele. Você é d'Ele.

Somos ramos de videira.

Dependentes. Frágeis. E, quando separados, inúteis.

Já seria o bastante para derrubar um arrogante, mas Jesus decide fazer um strike:

"Sem mim nada podeis fazer", diz o Mestre.

NADA.

Sem Ele, somos inúteis.

E isso deveria ser o bastante para te fazer sorrir.



***

Você tem tentado.

Tem carregado o mundo nos ombros.

Tem tentado lavrar uma terra maior do que si mesmo.

Mas tudo isso para quê?

Você acha mesmo que a força do seu braço te levará a algum lugar?

Você precisará de Cristo!

Então, por favor, descanse.

Não foi isso que Ele nos mandou fazer?

Ele cuida, nós obedecemos.

Ele faz, nós servimos.

Ele planta, nós colhemos.

Sei que não é fácil.

A terra sempre parece prestes a desabar.

Mas, acredite, o agricultor tudo vê.

Você pode até tentar, mas fracassará.

Irá descobrir que não passa de um galho.

Fraco, frágil, inseguro.

Mas nunca (jamais!) sozinho.

Uma videira te nutre e um agricultor te rega.

E ah: Eles te amam.

Precisa de mais alguma coisa?


5 de fevereiro de 2013

É ELE!

"E Ele lhes perguntou: Quais?"

Lucas 24:9


Seus pés se arrastam sobre a estrada de.

Eles andam devagar, como se não quisessem chegar ao seu destino.

Aliás, é isto que lhes falta: Destino. Não sabem o que fazer, não sabem para onde ir.

Por enquanto, Emaús, - uma cidadezinha a 90km de Jerusalém - basta.

A dupla de amigos apenas caminha, tentando com a dor nos pés disfarçar a dor da Alma.

No meio do caminho, um homem se junta a eles.

Silencioso, educado, comum.

Os viajantes apenas acenam com a cabeça. Não querem papo, muito menos uma nova amizade.

O homem, porém, parece não se importar com isso.

- Por que estão tristes? - Pergunta.

Os amigos se entreolham. Toda a frustração guardada em seus peitos parece prestes a explodir.

- Você por acaso não é daqui? - Um deles pergunta, sem tentar esconder a agressividade. - Não sabe as coisas que aconteceram sexta-feira?

Por favor, dê um close aqui:

As sobrancelhas do homem se erguem. Ele assume uma expressão genuinamente curiosa e, com olhos tão doces quanto pudim de leite condensado, pergunta:

- Quais?

Ah! Que bela oportunidade para desabafar! E então, despejando uma onda de fúria, eles contam.

Falam sobre Jesus, um homem que lhes servira de Mestre e que acabara sendo assassinado há três dias.

Falam de esperanças dizimadas, de sonhos frustrados, de alegria roubada.

Falam sobre si mesmos: dois discípulos que, após descobrir que a vida poderia ter sentido, acabavam de perdê-lo.

Em meio ao desabafo, um deles solta a seguinte pérola:

... E nós esperávamos que fosse Ele que remisse Israel!

Que frase reveladora!

"E nós esperávamos"

No passado. Ou seja, foi tudo em vão.

Jesus morreu. Acabou.




***

Enquanto falavam, não repararam no quanto tinham andado.

Subitamente, suas pernas doem.

Mas o homem, que até então permanecera calado, decide falar.

Ele não traz lamentações, conselhos ou dicas sobre futebol.

Ele começa a falar sobre a Bíblia. De Moisés aos profetas, recitando versículos e esclarecendo passagens.

Ele fala sobre um Deus que traçou um plano ousado; plano este que diz respeito ao tal Mestre assassinado.

Este, segundo o homem, não teria morrido, mas se entregado.

O coração da dupla de discípulos se aquece.

Seria possível que a realidade não fosse como imaginavam?




***

"Bem Vindo a Emaús!", diz a placa.

Os três chegam ao pseudo-destino.

O homem ensaia uma despedida, mas os discípulos - tão doces quanto judeus barbudos podem ser - o convidam a ficar para o jantar.

(Dê outro close agora)

O homem aceita o convite.

Diante de uma fogueira, eles se sentam para comer. O desconhecido pega um pedaço de pão e o ergue ao céu.

E eles finalmente o reconhecem.

É Jesus!

É a Esperança calçando sandálias.

É a partindo o pão.

É o Poder rindo da Morte.

É o seu Amigo!

Tão rápido, porém, quanto surge, Ele se vai.

Mas sua vida fica.

Os amigos se levantam.

- É ELE! (Sou o único que os imagina gritando enquanto se abraçam?)

Eles decidem voltar a Jerusalém.

Dão meia volta, deixando para trás a fogueira ainda acesa.

E, desta vez, andam depressa.




***

"Volte Sempre!", diz a placa.

Eles a ignoram.

Agora sabem que aquela tal Emaús não é lugar para servos do Deus Vivo...


2 de fevereiro de 2013

Um Textinho Gigante. É pra você, leia!


Eu costumava tirar a aliança de noivado na hora de escrever. Sei lá por quê, mania mesmo.

Parecia-me que meus dedos ficavam mais soltos para digitar sem aquele aro de metal entre eles.

O aro, porém, agora é de ouro. Não posso mais tirá-lo. Estou casado, é pra sempre.

Parece bobagem, eu sei, mas quando eu tirava aquela aliança, sentia como se estivesse me despindo de Helen.

"Ei, linda, fique aí enquanto escrevo!"

Aquela aliança era um símbolo de amor, mas também de saudade.

(Lembre-se: 800km separavam eu e Helen "naquela época", ou seja, há 22 dias atrás)

Parecia-me que, para falar sobre Deus, eu precisava me esquecer por um momento das coisas que Ele ainda não me dera.

OK, pode me chamar de jumento. (E rir também)

Eu não entendia nada! O fato de Helen estar longe e a saudade me sufocar não deveria me afastar de Deus, mas sim me aproximar d'Ele!

Mas, como disse, isso é passado.

A aliança é de ouro e Helen está ao meu lado.

Não preciso mais tirá-la, pois Deus já me deu o que eu mais sonhava.




Também não posso mais abandonar este Blog. Pode parecer bobo ("Ei, Arthur, é só um Bloguinho!"), mas isto aqui - esta página cheia de nuvenzinhas - é a parte mais bonita de mim.

Ainda que houvesse somente um leitor (para meu espanto, há bem mais), eu precisaria honrá-lo.

A Bíblia diz que a sua vida vale mais que o mundo inteiro. E, se eu tenho a honra de tê-lo(a) aqui, preciso dar o meu máximo.

Não, eu não irei te salvar.
Não, eu não irei mudar sua vida.
Não, eu não irei te dar dinheiro.

Mas posso te ajudar.

Posso falar sobre mim e sobre o que Deus me diz, ensina e .

Posso falar sobre esse Cristo que ama de uma forma inexplicável.

Posso, por um instante!, fazer com que você se esqueça do quanto o mundo é mau.

Por isso, prometo: Escreverei o máximo que puder.

Sei que já prometi isso antes e falhei. Mas, sabe, eu me desespero tanto ao pensar que você pode ir embora e não voltar nunca mais!

É como a aliança de ouro. Nós - eu e você - temos uma ligação.

Eu oro por você.

Choro quando não consigo responder seus e-mails ou compartilhar uma palavra.

Sorrio quando recebo seus testemunhos.

Então, por favor, fique.

Preciso te contar sobre quão maravilhoso é viver com Jesus e Helen!

E, ah, preciso de ajuda: Acompanhe-me, conte comigo, ore por mim. Ando precisando de amigos.

Bem, é isso. Nos veremos mais esse mês, prometo.

P. S: Minha aliança é linda! E, se você ainda não tem uma igual, acredite: Tá chegando!