Lucas 24:9
Seus pés se arrastam sobre a estrada de pó.
Eles andam devagar, como se não quisessem chegar ao seu destino.
Eles andam devagar, como se não quisessem chegar ao seu destino.
Aliás, é isto que lhes falta: Destino. Não sabem o que fazer, não sabem para onde ir.
Por enquanto, Emaús, - uma cidadezinha a 90km de Jerusalém - basta.
A dupla de amigos apenas caminha, tentando com a dor nos pés disfarçar a dor da Alma.
No meio do caminho, um homem se junta a eles.
Silencioso, educado, comum.
Os viajantes apenas acenam com a cabeça. Não querem papo, muito menos uma nova amizade.
O homem, porém, parece não se importar com isso.
- Por que estão tristes? - Pergunta.
Os amigos se entreolham. Toda a frustração guardada em seus peitos parece prestes a explodir.
- Você por acaso não é daqui? - Um deles pergunta, sem tentar esconder a agressividade. - Não sabe as coisas que aconteceram sexta-feira?
Por favor, dê um close aqui:
As sobrancelhas do homem se erguem. Ele assume uma expressão genuinamente curiosa e, com olhos tão doces quanto pudim de leite condensado, pergunta:
- Quais?
Ah! Que bela oportunidade para desabafar! E então, despejando uma onda de fúria, eles contam.
Falam sobre Jesus, um homem que lhes servira de Mestre e que acabara sendo assassinado há três dias.
Falam de esperanças dizimadas, de sonhos frustrados, de alegria roubada.
Falam sobre si mesmos: dois discípulos que, após descobrir que a vida poderia ter sentido, acabavam de perdê-lo.
Em meio ao desabafo, um deles solta a seguinte pérola:
- ... E nós esperávamos que fosse Ele que remisse Israel!
Que frase reveladora!
"E nós esperávamos"
No passado. Ou seja, foi tudo em vão.
Jesus morreu. Acabou.
Enquanto falavam, não repararam no quanto tinham andado.
Subitamente, suas pernas doem.
Mas o homem, que até então permanecera calado, decide falar.
Ele não traz lamentações, conselhos ou dicas sobre futebol.
Ele começa a falar sobre a Bíblia. De Moisés aos profetas, recitando versículos e esclarecendo passagens.
Ele fala sobre um Deus que traçou um plano ousado; plano este que diz respeito ao tal Mestre assassinado.
Este, segundo o homem, não teria morrido, mas se entregado.
O coração da dupla de discípulos se aquece.
Seria possível que a realidade não fosse como imaginavam?
"Bem Vindo a Emaús!", diz a placa.
Os três chegam ao pseudo-destino.
O homem ensaia uma despedida, mas os discípulos - tão doces quanto judeus barbudos podem ser - o convidam a ficar para o jantar.
(Dê outro close agora)
O homem aceita o convite.
Diante de uma fogueira, eles se sentam para comer. O desconhecido pega um pedaço de pão e o ergue ao céu.
E eles finalmente o reconhecem.
É Jesus!
É a Esperança calçando sandálias.
É a Fé partindo o pão.
É o Poder rindo da Morte.
É o seu Amigo!
Tão rápido, porém, quanto surge, Ele se vai.
Mas sua vida fica.
Os amigos se levantam.
- É ELE! (Sou o único que os imagina gritando enquanto se abraçam?)
Eles decidem voltar a Jerusalém.
Dão meia volta, deixando para trás a fogueira ainda acesa.
E, desta vez, andam depressa.
"Volte Sempre!", diz a placa.
Eles a ignoram.
Agora sabem que aquela tal Emaús não é lugar para servos do Deus Vivo...
Silencioso, educado, comum.
Os viajantes apenas acenam com a cabeça. Não querem papo, muito menos uma nova amizade.
O homem, porém, parece não se importar com isso.
- Por que estão tristes? - Pergunta.
Os amigos se entreolham. Toda a frustração guardada em seus peitos parece prestes a explodir.
- Você por acaso não é daqui? - Um deles pergunta, sem tentar esconder a agressividade. - Não sabe as coisas que aconteceram sexta-feira?
Por favor, dê um close aqui:
As sobrancelhas do homem se erguem. Ele assume uma expressão genuinamente curiosa e, com olhos tão doces quanto pudim de leite condensado, pergunta:
- Quais?
Ah! Que bela oportunidade para desabafar! E então, despejando uma onda de fúria, eles contam.
Falam sobre Jesus, um homem que lhes servira de Mestre e que acabara sendo assassinado há três dias.
Falam de esperanças dizimadas, de sonhos frustrados, de alegria roubada.
Falam sobre si mesmos: dois discípulos que, após descobrir que a vida poderia ter sentido, acabavam de perdê-lo.
Em meio ao desabafo, um deles solta a seguinte pérola:
- ... E nós esperávamos que fosse Ele que remisse Israel!
Que frase reveladora!
"E nós esperávamos"
No passado. Ou seja, foi tudo em vão.
Jesus morreu. Acabou.
***
Enquanto falavam, não repararam no quanto tinham andado.
Subitamente, suas pernas doem.
Mas o homem, que até então permanecera calado, decide falar.
Ele não traz lamentações, conselhos ou dicas sobre futebol.
Ele começa a falar sobre a Bíblia. De Moisés aos profetas, recitando versículos e esclarecendo passagens.
Ele fala sobre um Deus que traçou um plano ousado; plano este que diz respeito ao tal Mestre assassinado.
Este, segundo o homem, não teria morrido, mas se entregado.
O coração da dupla de discípulos se aquece.
Seria possível que a realidade não fosse como imaginavam?
***
"Bem Vindo a Emaús!", diz a placa.
Os três chegam ao pseudo-destino.
O homem ensaia uma despedida, mas os discípulos - tão doces quanto judeus barbudos podem ser - o convidam a ficar para o jantar.
(Dê outro close agora)
O homem aceita o convite.
Diante de uma fogueira, eles se sentam para comer. O desconhecido pega um pedaço de pão e o ergue ao céu.
E eles finalmente o reconhecem.
É Jesus!
É a Esperança calçando sandálias.
É a Fé partindo o pão.
É o Poder rindo da Morte.
É o seu Amigo!
Tão rápido, porém, quanto surge, Ele se vai.
Mas sua vida fica.
Os amigos se levantam.
- É ELE! (Sou o único que os imagina gritando enquanto se abraçam?)
Eles decidem voltar a Jerusalém.
Dão meia volta, deixando para trás a fogueira ainda acesa.
E, desta vez, andam depressa.
***
"Volte Sempre!", diz a placa.
Eles a ignoram.
Agora sabem que aquela tal Emaús não é lugar para servos do Deus Vivo...
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