"Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar."
João 11:23
Olhe para o rosto de Marta.
Ela envelheceu quarenta anos em apenas quatro dias. Há quatro dias, seu irmão Lázaro deu seu último suspiro, morrendo ao seu lado e levando consigo um pedaço da irmã.
Agora, o corpo de Lázaro jaz num túmulo e Marta, diante dele, relembra a tragédia enquanto conversa com Jesus.
- Se o Senhor tivesse chegado antes, meu irmão não teria morrido... - Suspira a enlutada.
Palavras compreensíveis, não? Nós já dissemos coisas semelhantes em diversos momentos.
Se o Senhor tivesse chegado antes, a doença não teria voltado.
Se o Senhor tivesse chegado antes, aquele namoro teria dado certo.
Se o Senhor tivesse chegado antes, a dor não teria me vencido.
Se as palavras de Marta são comuns, a resposta de Jesus é extraordinária. Ele não diz "pois é, Marta", "a vida é assim mesmo" ou "perdão pelo atraso". O dicionário de Cristo não segue as nossas regras.
Jesus a encara e, com a naturalidade de quem anuncia que vai chover, diz:
- Teu irmão há de ressuscitar.
Por favor, não passe para a linha seguinte sem analisar o impacto dessas palavras.
Quem fala sobre ressurreição diante de um túmulo?
Quem invoca a esperança dias depois dela ter ido embora?
Quem promete o bem após testemunhar a vitória do mal?
Jesus o faz.
E a boa notícia é que a frase d'Ele não era apenas para Marta...
***
Ela é para nós.
Jesus ainda ressuscita aquilo que estava morto. E, tal qual fez com Marta, acrescenta amor onde antes só havia dor.
Apenas substitua a palavra "irmão" pelo nome do túmulo do seu coração e você descobrirá a promessa de Cristo para você.
Tua vida profissional há de ressuscitar.
Tua alegria há de ressuscitar.
Teus sonhos antigos hão de ressuscitar.
Assim como fez com o d'Ele, Jesus esvaziará o seu túmulo.
Parece uma frase sem sentido, mas nela está todo o sentido. O poder de Deus trará sentido às suas lágrimas. E é aí que você descobrirá que o seu Lázaro morreu para que você pudesse sorrir...
***
Foi o que aconteceu com Marta. Ao escutar a promessa, ela pensou estar com cera nos ouvidos.
Alguns minutos depois, porém, viu seu irmão sair do túmulo, talvez mancando devido à câimbra, mas cheio de ar nos pulmões.
Lázaro morrera. Houvera um velório com direito a lágrimas, dor e perda. Mas, no fim (não é ele que importa?), ele estava lá: Sorrindo. Respirando. Jantando. Vivo.
Eis o que Jesus fará com suas dores. Ele as permitirá para que elas se transformem em testemunhos. Na família de Lázaro, o dia mais triste se tornou na história mais linda.
Você consegue se animar ao pensar nisso? As lágrimas de hoje regarão os sorrisos de amanhã.
Aguente só mais um pouquinho em frente ao túmulo. Não importa quão forte ele pareça, aquilo que ele guarda há de ressuscitar...
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