23 de outubro de 2011

O Silêncio de Jesus

Disse-lhe, pois, Pilatos: Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar?
Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado;

João 19:10-11

Pilatos estava intrigado.

De todos os réus que conhecera até então, aquele galileu era, sem dúvida, o mais estranho.

Ao contrário dos outros, Ele não chorava.
Ao contrário dos outros, Ele não implorava.
Ao contrário dos outros, Ele não se defendia.

Açoitado, sangrando, e prestes a ser condenado, Jesus permanecia em silêncio.

Acusado por homens invejosos, humilhado por uma multidão raivosa, ferido por um soldados maus.

Ainda assim, em silêncio.

Não demorou muito para que as palavras de Jesus (a falta delas, na verdade) irritassem ao ilustre Pilatos.

- Ei, carpinteiro! - Diz o Governador. - Por que você não fala nada? Não sabe que eu tenho poder para te crucificar ou soltar?


A essa altura, imagino que Pilatos tenha sorrido.

"Mostrei a ele quem manda aqui!", deve ter pensado, "Agora Ele abre o bico!"

O que ele não esperava, porém, era que dos lábios feridos de Cristo sairia uma resposta de Poder e não de Temor.

- Você não teria autoridade nenhuma se o meu Pai não tivesse te dado. - Responde o Mestre.

Diante dessas palavras, Pilatos faz a única coisa que poderia fazer: Se cala.

E Jesus mostra quem realmente está no controle.

"Ei, Pilatos, somos Eu e meu Pai que mandamos aqui!"

Jesus não era um prisioneiro, mas um voluntário.

Sangrava porque queria.

Sofria porque queria.

Iria à Cruz por nós.

Pilatos, o pomposo governador, não passava de uma marionete nas Mãos de um Deus infinitamente Maior do que ele.

Silêncio.

Jesus ficou em silêncio para mostrar a tranquilidade daquEle que está no comando.

Ele sabia que suas mãos seriam perfuradas.

Ele conhecia o tamanho dos cravos.
Ele sabia que seu corpo seria moído.

Mas, acima de tudo isso, Ele sabia quem era e porque estava ali.

O chicote não o assustava, pois fora Ele quem criara as mãos que o empunhavam.

A Cruz não o assustava, pois fora Ele quem criara a madeira da qual ela era feita.

A Maldade de seus filhos não o assustava, pois Ele sabia que era o seu Redentor.

Pilatos estava cheiroso e bem-vestido, mas o homem humilhado era o verdadeiro Vencedor.

Naquele Julgamento, o réu era o Juiz.

E o Juiz, numa decisão que até hoje choca a humanidade, condenou a si mesmo.



***

Silêncio.

Esta é uma das principais armas que estão ao seu dispôr.

Ainda hoje, alguns "Pilatos" tentarão te provocar.

Por que você não se irrita?
Por que você não se revolta?
Por que você não abandona a Igreja?

Responda-os com o silêncio de quem confia no Governo de Deus.

Ainda hoje, alguns "Pilatos" acharão que estão no comando.

Você perderá!
Você não conseguirá!
Você é incapaz!

Derrote-os com o silêncio de quem confia na Soberania de Deus.

E lembre-se:

Ninguém é maior do que o seu Juiz!

Nenhum detalhe de sua vida passa despercebido aos olhos do Senhor.

Ele está vendo as lágrimas.
Ele tem visto as derrotas.
Ele contempla seu coração.

Mas, no momento, Ele pede que você fique em silêncio.

Não num silêncio covarde ou temeroso, mas num silêncio superior a qualquer grito.

Um silêncio capaz de emudecer o Inferno.

Assim como Jesus, você não é vítima.

A Doença é marionete da Cura.
A Adversidade é marionete da Vitória.
O Choro é marionete do Riso.

Sei que seus lábios estão sangrando. Sei que a Dor é grande...

Acredite, porém, numa Verdade:

É você quem está ganhando!

Eu não sei quem ou o que é o seu Pilatos. De uma coisa, porém, tenho certeza:

Em Cristo, você está muito acima dele!

Apenas espere em silêncio.

Seu Juizdecretou sua vitória...


(Enquanto escrevia este Post, Deus me pediu para direcionar palavras especiais a pessoas que foram rejeitadas por alguém por quem estavam apaixonados. Eu não sei quem você é, mas Deus manda te dizer que essa mensagem é para você!)

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