7 de novembro de 2011

Rumo ao Parque

"Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos."
2 Coríntios 4:8-9


Um menininho ficou exultante ao ver que um Parque de Diversões se instalara na cidade.

- Papai, podemos ir lá? - Perguntou.

O pai, vendo o brilho nos olhos do pequenino, respondeu:

- Iremos lá no domingo!

Era noite de quarta-feira e o menininho começou a contar as horas que faltavam até a Diversão.

Na quinta-feira pela manhã, porém, ele tropeçou a caminho da escola e ralou o joelho.

O pai, enquanto fazia o curativo, decretou:

- Se até domingo não melhorar, não iremos ao Parque!

O menino, confiante, nada respondeu.

Na sexta-feira, porém, enquanto voltava para a escola, um menino malvado, da turma dos "mais velhos" o empurrou e seu outro joelho se ralou.

O pai, cada vez mais cético, disse:

- Se até domingo não melhorar, não iremos ao Parque!

O menino, confiante, nada respondeu.

No sábado, porém, a situação ficou pior.

Um homem apressado acabou derrubando-o e seus cotovelos se ralaram. As desculpas do homem não aliviaram sua dor.

O pai, ao examinar as novas feridas, teve a certeza:

- Você não tem condições de ir ao Parque amanhã!

O menino limitou-se a abaixar a cabeça.

Na manhã seguinte, porém, para surpresa do pai, o filho, já completamente vestido e sorridente, o acordou cedo.

- Papai, hora do Parque!

Contrariado, o pai perguntou:

- Mas e quanto aos seus joelhos?

- Sararam!

- E os cotovelos?

- Totalmente recuperados!

Cumprindo sua promessa, o pai o levou ao Parque e o menino se esbaldou por horas.

Na volta para casa, examinando as roupas (encardidas pelas brincadeiras) do filho, o pai notou manchas negras de sangue nos joelhos e cotovelos.

- Filho, você não disse que suas feridas haviam sarado?

O menino abaixou a cabeça, mas foi em tom confiante que respondeu:

- Elas podem até não ter sarado, mas a dor que me traziam era muito menor do que minha vontade de ir ao Parque. Elas não são dignas de me fazerem perder a Diversão, papai!

***



Você também sonha com uma ida ao Parque.

O Parque do Milagre.
O Parque do Casamento.
O Parque da Cura.

Seu Pai prometeu que te levaria até.

E você creu.

Ao longo do caminho, porém, obstáculos apareceram.

O Pecado te fez tropeçar.

Você "ralou o joelho" na Incredulidade.

Tropeçou na Impaciência

Caiu no Adultério.

Para piorar, pessoas más te empurraram.

Disseram que seu Sonho era Impossível.

Disseram que você não conseguiria.

Disseram que o Parque não era para você.

E, soterrado por estas palavras, você se "ralou" novamente.

Como se não bastasse, na hora em que você mais precisava de ajuda, pessoas te derrubaram.

Ocupadas demais consigo mesmas, não te viram.

Quando você clamou por Amor, recebeu Indiferença.

Quando deu Fidelidade, ganhou Traição.

E, completamente ralado, sua Esperança se foi.

É neste momento, porém, que você precisa escolher quem deseja ser.

Sim, você está atribulado.

Sim, você está perplexo.

Sim, você foi perseguido.

Sim, você está abatido.

Você pode, porém, suportar as feridas e prosseguir até o Alvo.

Atribulado, porém não angustiado.

Perplexo, porém não desanimado.

Perseguido, porém não desamparado.

Abatido, porém não destruído.

Não se esqueça da Promessa do seu Pai.

Mesmo machucado, você chegará lá.

Olhe para o Parque e deixe que Deus cure sua Dor.

Escolha crer. Escolha prosseguir. Escolha determinar.

O sangue continuará escorrendo.

As feridas continuarão doendo.

Mas um dia elas sararão.

E, como disse o menininho, elas são pequenas demais para impedir sua Diversão...

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