25 de maio de 2011

Contentamento

A casa de Julinho estava um alvoroço!

Seus pais estavam recebendo parentes distantes e, por todo o quintal, seus priminhos andavam de bicicleta e jogavam bola, enquanto os adultos riam e conversavam.

Julinho, porém, estava dentro de casa, olhando tudo pela janela.

De vez em quando seus pais lhe lançavam um olhar preocupado, mas Julinho respondia com um sorriso.

No final do dia, todos se reuniram na sala para orar e agradecer a Deus pelo dia. Um a um, eles falaram em voz alta pelo que agradeciam a Deus.

"Agradeço a Deus por rever meus parentes!", disseram os pais de Julinho.
"Agradeço a Deus por todas as conversas que tivemos!", disseram os tios.
"Agradeço a Deus por todas as brincadeiras!", disseram seus priminhos.

Quando chegou a vez de Julinho, houve uma troca de olhares constrangidos. Pelo que ele poderia agradecer?

Com toda a segurança que um menininho de 6 anos pode reunir, porém, Julinho falou:

"Agradeço a Deus por toda a alegria que eu vi em vocês e agradeço mais ainda porque Ele me fez companhia o dia inteiro. Agradeço por poder agradecer!"

Todos na sala choraram.

Ah, esqueci de mencionar que Julinho não possuía pernas.

Por isso ele não pôde brincar.
Por isso ele não pôde andar de bicicleta.
Por isso ele não pôde pular.



Ainda assim, ele agradeceu. Gosto da frase dele: "Agradeço por poder agradecer."

Oramos tanto pedindo bênçãos, que não percebemos que a maior das bênçãos é orar!

Olhamos tanto para o que não temos, que acabamos nos esquecendo do que temos.

Preocupamo-nos tanto em conquistar a companhia dos outros, que nos esquecemos da companhia de Cristo.

Julinho sabia que não tinha pernas, mas se concentrava em tudo o mais que Deus tinha lhe dado.

E você? Vai continuar olhando para as "pernas" que não tem, ou vai agradecer por estar vivo e podendo ler este Post?

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